quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Dois dias para 2010.
omg




enjoy eternal bliss

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Quase 2010...


tá tudo bem.
tudo ok.

Só a paciência que tá limitada.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Estou sentindo um peso de mais de uma tonelada.
Desânimo.
Desesperança.

Sei que isso tudo tem um lado bom.
Muito bom, por sinal.
Mas 90% de mim diz que isso não é o que eu queria.

Os outros 10% dizem que eu não tenho que querer nada.
Não existe opção!

domingo, 13 de dezembro de 2009

ilostmyselfilostmyselfilostmyself
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


Pensar em quantas pessoas passam por nós durante toda a nossa vida é assustador. São tantas pessoas. Pessoas insignificantes, pessoas importantes e outras não tão importantes assim, mas que ainda assim significam alguma coisa.
Nesses momentos de nostalgia e medo do que está por vir, o melhor é relaxar e deixar que as coisas aconteçam. Mas é difícil ver que as coisas estão mudando de uma maneira radical e saber que você não pode fazer nada. É uma sensação de impotência e agonia. Queremos resolver as coisas, mas ao mesmo tempo sabemos que não há nada para resolver.
É muito estranho ver pessoas que significam tanto na sua vida simplesmente virarem apenas pessoas que, um dia, significaram alguma coisa. Também é muito estranho perceber o quanto nós mesmos crescemos e nos desenvolvemos, o quanto as pessoas que estavam com você esse tempo todo também cresceram e se desenvolveram. Cada um pegando seu caminho, construindo sua personalidade e é assustador perceber que todos os planos ingênuos que um dia fizemos, na prática, se tornam totalmente inviáveis. Isto porque com o tempo, cada um pegou um caminho e hoje todos se tornaram pessoas distintas.Definitivamente as coisas não acontecem exatamente como foram planejadas. Por um lado isso parece ruim, mas por outro isso é o que faz a vida ser o que é.
Gostaria de passar desta fase logo. Está começando a ficar sufocante todos esses sentimentos estranhos e todas essas mudanças. Certeza absoluta que Dois Mil e Dez trará mudanças ainda mais radicais e absurdas. Tudo vai mudar! E assumo, tenho medo dessas mudanças. Não sei o que será da vida e nem das amizades. Muita coisa vai mudar e muita coisa diferente vai acontecer. Espero que coisas boas aconteçam. As ruins tenho certeza que irão acontecer...
Se pararmos para pensar, Dois Mil e Nove já trouxe mudanças absurdas na vida de todos. Várias coisas aconteceram! Coisas inesquecíveis e outras que todos nós gostaríamos de esquecer.

Algumas coisas estão me sufocando. Atitudes idiotas e piadas ultrapassadas!
Dá vontade de gritar e sair simplesmente correndo e não voltar.
Dá medo.
Medo de perceber que as coisas só continuam assim por puro conforto.
Que venha Dois Mil e Dez! Este é o ano que fará a prova real.
O que sobreviver a Dois Mil e Dez, sobreviverá pela vida inteira.
Então, vamos lá!
Está quase começando.


segunda-feira, 30 de novembro de 2009



"No phone, no pool, no pets, no cigarettes. Ultimate freedom. An extremist. An aesthetic voyager whose home is the road. No longer to be poisoned by civilization, he flees and walks alone upon the land to become lost in the wild."
 

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

focus your energy
focus your energy
focus your energy
focus your energy
focus your energy
focus your energy
focus your energy
focus your energy
focus your energy



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ás vezes eu queria ter um botão de pause.
De tanto pensar, parece que meu cérebro entra em colapso.
Por mais que eu tente, as coisas parecem ficar cada vez  mais confusas.









sábado, 7 de novembro de 2009

Mad to live.
Mad to see.
Mad to move.
Mad to meet only those as mad as me.


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sentir que seus músculos estão pulsando involuntariamente, seus olhos veem mas seu cérebro não consegue processar nada, você já não tem mais o comando do seu corpo e mente, definitivamente, não é agradável.
Valeu pela experiência, mas as consequências foram dolorosas.


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O que mais me aflige é essa busca incansável pelo meu próprio EU. Me aflige, mas ainda assim me agrada.
É um completo paradoxo, eu sei.
Gosto da possibilidade de experimentar várias personalidades diferentes. A base nunca muda, é a mesma, é aquela com a qual eu nasci. Mas os detalhes podem ser modificados a cada segundo! Ás vezes isso me deixa tonta, um pouco confusa. Por outro lado, pode ser uma ótima diversão. O que me conforta é saber que todos nós, querendo ou não, passamos por essa fase. Alguns mais cedo, outros mais tarde, outros não conseguem sair dela nunca, alguns passam tranquilamente. Um dia ainda iremos rir de toda essa agonia inocente de quem está começando a viver e não sabe que direção seguir.

Cada vez mais fica visível que na vida não adianta querer que tudo aconteça como planejado. Isso é a mais pura ilusão! O melhor que temos  a fazer é deixar as coisas acontecerem.
Nos permitir viver! A vida é da cor que a gente pinta.

Mais um ano está quase no fim. O tempo passa mais rápido que uma batida de asas de um Beija-Flor!
Muitos planos para 2010. Muitos planos para 2011.
Pensamento positivo.

enjoy eternal bliss


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ser ou não Ser

"Mergulhe cada vez mais fundo naquilo que você é, naquilo que você é capaz de fazer. Por que a maior parte das pessoas, por insegurança, por medo, por querer que de certo, acabam se limitando a fazer o que todo mundo faz porque sabe que da certo,e abrindo mão do direito que elas tem , e que todo ser vivo tem... que é de buscar a auto- realização como individuo"

sábado, 25 de julho de 2009

Plim

Tudo acontece no seu próprio tempo.
Quando você acaba se trancando em um mundo construído com ilusões e fantasias, você acaba que nem um pobre cavalo que não consegue ter um olhar amplo das coisas e só vê uma linha reta infinita.
Aos poucos, as coisas vão acontecendo em seu determinado tempo. É tolice querer consertar tudo de uma vez só. Ás vezes, algumas coisas ruins acontecem para que outras boas possam acontecer também. Me disseram que sou muito plim. No fundo, gosto de ter essa visão positiva do mundo. Mesmo que pareça positiva demais em algumas situações. Essa visão plim é a minha válvula de escape desse sistema doentio no qual vivo. No qual todos nós vivemos. Um sistema onde os valores são trocados e se você não tomar cuidado, acaba ficando cego com todo o glamour que a mídia proporciona.
É bom parar para pensar e ver que já passamos por muitas fases e que outras piores ainda virão. O previsível é sem graça. Viver com a dúvida é sempre mais emocionante.
"Quero viver e não apenas existir."
Ás vezes penso que poderia voltar ao passado e refazer algumas coisas. Mas e se fosse, quem seria hoje? O que não foi, não é. O que não é, não será. Abri a porta do meu pequeno e frágil mundo de ilusões e aqui fora não é tão feio e frio como imaginei ser.
Aos poucos, tudo se encaixa e toma seu rumo. Com dúvidas, confusões, brigas e abraços. A vida é feita disso, não é mesmo? Aos poucos, perco esse medo absurdo de ousar ser. E aos pouquinhos, perco o medo de dizer que mesmo com toda a confusão, dúvida e solidão imaginária, eu sou feliz.
Além de tudo, eu tenho elas.
Meu trevo de quatro folhas.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Infinito Ao Meu Redor

O universo é fascinante. É incrível que quanto mais descobrimos, mais perguntas temos a fazer. Tudo é misterioso e contraditório. Deitar no chão e olhar para o céu, observar as estrelas é algo que nos renova a energia.
Todos nós somos feitos de estrelas. Mas do que exatamente são feitas as estrelas? De onde vieram todos esses elementos? Nós achamos que sabemos muita coisa mas, no entanto, não sabemos nada. O universo é um eterno paradoxo, um mistério que nunca vamos desvendar.
Quando olho para o céu, em suas matizes da aurora e do crepúsculo, me sinto sendo engolida por um buraco negro que suga minhas energias e me leva para outra dimensão. Parece doloroso, não? Na verdade, não é. É muito bom e nos deixa mais livres. Todo mundo deveria se deixar levar por esse buraco negro pelo menos uma vez na vida. Não compreendo como há pessoas que passam dias sem olhar para o céu.
Tem gente que não dá valor ao que tem.
E nós temos muito.
Temos o infinito ao nosso redor.
É só olhar para cima que você poderá perceber que o espetáculo da vida vai muito além destas trivialidades terrenas, por qual passamos diariamente. Os maiores lucros e valores estão muito longe de serem apreciados. A natureza inteira é vossa congratulação. Tudo o que temos na mão é um pouco de poeira das estrelas e fragmentos do arco-íris.
As pessoas se perdem. Seu tempo é consumido quase que inteiramente pela luta da vida. A grande batalha que se estende por anos até a grande glória de receber a medalha de "vencedor". Acredito, como um dia disse Thoreau, que se o dia e a noite são de tal forma que vos saudais com alegria e se a vida emite uma fragância de flores e ervas aromáticas, tornando-se elástica, mais cintilante e mais imortal - eis ai vosso êxito.
Nada mais importa.


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Nunca Vou me Acostumar com as Coisas do Mundo

É como se eu renascesse todo dia. Não é incrível que existam bananeiras, abacateiros e jabuticabeiras? De onde será que veio isso tudo? Todo dia eu me faço as mesmas perguntas. É como se eu estivesse vendo as coisas do mundo sempre pela primeira vez. Os vales, a chuva, os mares. A terra, os animais e a floresta. O fogo, o tempo e sua claridade. Sem falar no céu com todas as suas fases. Como surgiu tudo isso? Os meus porquês são palavras incontáveis. O sentimento absurdo me invade quando reparo na arquitetura humana. O sistema nervoso, veias, artérias, músculo e ossos, cérebro e coração. Bocas e abraços, narizes e olhos, ouvidos e mãos. O ser humano é de uma perfeição absurda. Realmente inexplicável. Me admiro o tempo inteiro e acredito que nunca vou me acostumar com as coisas do mundo. Quem criou tudo isso? A resposta óbvia me remete a Deus e eu pergunto: Se Deus criou isso tudo, quem criou Deus? Se tudo surgiu Dele, de onde Ele surgiu então? As perguntas continuam sendo as mesmas, só muda o sujeito da oração. Eu vejo as coisas do mundo como quem assiste a um espetáculo de mágica. Num grande truque, o belo coelho surge de dentro da cartola, até então, vazia. Como assim? Não sei. Mas quero muito saber. Todo dia eu acordo buscando saber quem sou e de onde vem o mundo. E me faço as mesmas perguntas. É como se eu estivesse vendo tudo pela primeira vez. É como se eu nascesse de novo, todo dia.

domingo, 17 de maio de 2009

Oco

Ás vezes parece que eu não sou sólida. Sou oca. Não há nada por trás de meus olhos. Sou o negativo do que uma pessoa é. É como se eu nunca - nunca tivesse pensado em nada. Como se nunca tivesse escrito ou sentido alguma coisa.


Vazio.
Nulo.
Zero.
Nada.

...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Une Goutte de Pluie

Olhando de longe, as vejo cair como goiabas podres no chão. Elas vão se aglomerando e formam um grande lago barulhento. Enquanto as observo, todas as minhas dúvidas fogem.
Há uma força que as puxam tão fortemente que elas não têm escolha. Imagine se um dia resolvessem ir para onde querem? É só olhá-las e tudo fica bem. Nas janelas elas batem. As vejo se desfazendo e não penso em nada além delas.
Gouttes.
Duas se juntam e formam tudo numa coisa só. Duas, três, quatro...
É bonito de se ver.
Relâmpagos e trovões.
E enquanto tudo acontece, elas nos jorram um sentimento único. Só experimentando para entender.
Único.
Fabuloso!
Como seria se eu fosse uma delas?

domingo, 26 de abril de 2009

Megan

Megan
Esao Andrews



Sol e Mar

O sol veio avisar que iria se pôr para dar lugar á lua. O céu ficou um vermelho mesclado com baunilha e o mar batia feroz nas pedras pretas que repousavam. O mar batia nas pedras como nunca batera antes e nem nunca vai bater, cada onda era diferente e será. Na verdade, isso é carinho! Elas não batem para machucar, apenas para modificar. É um processo natural, que só o homem mesmo para atrapalhar. Humanos... se acham tão racionais! Viver orientado pela razão é destruir a possibilidade de viver.
O vento soprava forte e transparente. As gaivotas cortavam o ar com uma rapidez tão sublime que um sorriso abria, só de olhar. E aos poucos mais o sol se escondia, o vermelho já era um laranja escuro e o céu, um rosa querendo escurecer ainda mais. O contraste do gigante reluzente com o pequeno á remo era no mínimo engraçado. Enquanto ouvia algumas vozes, olhava ao meu redor e sentia a energia, nada mais que a energia que aquelas cores, aquele ar e aquelas ondas passavam. A vida parecia tão simples de lá. Na verdade, a vida não é tão complicada assim... o ritmo é você quem faz e a cor, é você quem pinta!

-
ps: Tudo em excesso é ruim.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Positivo ou negativo

Vivemos num mundo de contradições. Segundo Parmênides, o universo se divide em pares contrários: luz/escuridão; fino/grosso; frio/quente; ser/não ser; sim/não. Ele considerava que um dos pólos da contradição era positivo e o outro negativo. O positivo seria a luz, o ser, o sim. Já o negativo seria a escuridão, o não ser, o não. Mas o que realmente é positivo e negativo? Parmênides teria ou não razão? Essa é a questão.
Nesse mundo onde tudo é cinicamente permitido, é difícil saber o que é positivo ou negativo, certo ou errado. Já que cada indivíduo carrega na cabeça um instrumento que pensa de maneira diferente, o que é certo para mim, pode ser errado para você.
Paradoxo. Eterna contradição!
Mas o que fazer? Ser? Não ser? Direita ou Esquerda? Ai, que confusão! Tantas perguntas, nenhuma resposta. No fundo, isso deve ser a real beleza da vida. Se tivessemos todas as respostas seria tedioso. Tédio... O que seria o tédio? Você tem preguiça de levantar da cadeira e fazer alguma coisa. Culpa do tédio. Tédio, será que você não vê que é o culpado de tudo? Tédio/agito?
Chega.
Parei por aqui.
Só tenho certeza de uma coisa (será que tenho mesmo?), quanto menos respostas eu tenho, mais perguntas eu quero fazer. E no fundo, eu gosto disso.
Gosto muito.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Encanta

Você canta
Canta como canto
Me encanta

Retrato vivo
Morte?
Vida.

Vida entregue,
Que me entregaste
Que me deste para amar

E amo

Amo muito.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Bolha

"É isso? Acabou?"
Essa foi a primeira coisa que ela pensou quando chegou ao Vale dos Mortos. Tudo aquilo que imaginara, tudo o que sempre a disseram, simplismente não aconteceu. Alicia lembra-se muito bem de como era a vida. Tinha cores e sentimentos. A morte é preta e insensível, é nula. Ela sempre imaginou que existia um céu de anjinhos e um inferno do Diabo. Agora ela sabia que a realidade era diferente. E bem que ela gostaria de não saber e viver mais!
Alicia sempre foi o tipo de pessoa ativa que está sempre pronta para a próxima. Agora ela não estava, não era e não conseguia ser. Era indiferente. Zero. Neutro. Nulo. Nem um e nem outro. Nada. Não há felicidade eterna e muito menos dores e chicotes infernais.
Doce ilusão.
Uma grande bolha pensante que flutua por um universo complexo.
Assim Alicia se define agora. Ela pensa mas não sente. Não há corpo, só pensamento. Uma bolha. Alicia não queria morrer. Mas esse é o tipo de coisa que a gente não escolhe. Apenas morre. Ela agora sonha com o dia em que sua bolha vai estourar e ela vai ser livre. "De que adianta pensar e não sentir?" Era o que a menina sempre pensava.
Pensava... pensava... pensava...
De repente: "pluft!"
Nunca foi nem nunca mais será.
Nulo. Escuro.
Vazio.
Fim.

terça-feira, 31 de março de 2009

É isso

Amo, não menos ao homem, mas mais a natureza.



É isso.

domingo, 29 de março de 2009

A Fugitiva

A Fugitiva
Março 29, 2009

quinta-feira, 26 de março de 2009

Quando você não quer ver ninguém, você se tranca no quarto. Belo jeito de fugir do mundo real. Dorme o sono dos sonhadores. Sonha em como o mundo pode ser melhor e as pessoas poderiam ser mais belas. Uma vontade de correr invade seu corpo e você nem sabe o que fazer. Só queria correr até tocar o horizonte. Correr até cansar e nunca olhar para trás. Essa vontade é tão forte que seu corpo treme dos pés até a cabeça. Seus olhos não veem mais nada. Estão embaçados com as lágrimas que insistem em escorrer pelo seu rosto como um rio selvagem. Está se tornando insuportável!
Seu corpo grita por movimento mas tudo que você faz é deitar e fechar os olhos. Imagina um mundo de cores, um mundo que você mesma pinta. Nuvens de algodão e céu sempre estrelado. Você se ocupa demais escrevendo sua tragédia. Esses infortúnios, esse seu escudo protetor. Quando nem tem idéia de quem você realmente é. Beba tudo em um gole só, pois talvez não haverá mais tarde. Pule de cabeça da pedra mais alta. Não há espaço para medo. O que tiver que ser, será.

Porquês

O tempo batia asas. No mundo dela era sempre noite. Mesmo de manhã, o céu permanecia no mais completo breu. Cansada daquela mesmice, passou a questionar os porquês de sua existência e da origem do mundo. Procurava uma lógica para explicar os fatos e se perdia em suas próprias explicações. Uma idéia fixa martelava em sua cabeça: precisava sair dali e descobrir se tudo era sempre daquele jeito ou se lá longe, bem distante, haveria uma outra realidade. E pôs-se a caminhar. Todo chão era pouco perto do desejo que a movia. E então chegou numa das pontas do mundo: tudo continuava a ser sempre daquele jeito e lá longe, bem distante, não havia nenhuma outra realidade. Deu a volta e segiu obstinada. Quanto mais andava, mais sentia o tamanho do mundo. De seus pés brotavam calos. O corpo padecia , descascava, transmutava. E os porquês se tornavam cada vez mais audíveis dentro do seu coração. E no que cruzou o sul, o norte, o leste e o oeste do mundo: tudo continuava a ser sempre daquele jeito. E ela percebeu que lá de longe, bem distante, não havia outra realidade. Quanto mais andava, mais sentia o tamaninho do mundo. Não havia mais para onde ir e seu corpo já não aguentava mais acompanhar o ritmo frenético dos porquês de sua cabeça. A massa corpórea inchava, padecia, pipocava. Achou que fosse morrer naquele momento, mas quando voltou para si é que percebeu a transformação. O corpo dela havia crescido tanto que já não cabia em seu mundo. Com toda aquela pressão, o céu foi se rasgando vagarosamente até revelar a luz. Em seu novo mundo era sempre dia. Mesmo de noite, as estrelas garantiam uma luminosidade que ela jamais poderia prever quando lagarta andante dentro de uma caixa de sapato. Agora era diferente. Ela batia as asas.

terça-feira, 24 de março de 2009

A Queda


A queda
Março 24, 2009

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Alice no País das Maravilhas é, sem dúvidas, um bom livro.

"Ficou despontada com o doce. Ele não passava de um doce comum, um doce ordinário, destes que estava acostumada a comer todos os dias. Um doce natural, em suma, e Alice só gostava das coisas extraordinárias."